Madeira sobressai no controlo da Covid-19
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📷 APM/Francisco Correia 📷 |
por: Pedro Lima
Uma
notoriedade que se junta ao seu histórico de destino turístico acolhedor para os
milhares de turistas que o visitam, com tranquilidade, há mais de 200 anos. E
ainda pela particularidade de ter sido escolhida como ilha de refúgio do CR7,
de onde é natural o melhor jogador de futebol do mundo.
Os últimos
dados revelam cerca de 60 casos da Covid-19 na ilha, dos quais 9 já estão recuperados. A ilha já teve sete dias sem casos da
Covid-19, o último dos quais na última quinta-feira.
Outra
métrica que abona em favor da Madeira é que regista uma média de 21 casos por
100.000 habitantes.
Estes
números não acontecem por acaso. Se, por um lado, as pessoas respeitam o confinamento obrigatório nas suas casas, por outro, tudo
isso acontece porque o Governo Regional da Madeira começou a trabalhar na
prevenção quando o vírus ainda estava longe de Portugal. E essa preocupação
continua porque a Região não pode abrandar as suas medidas de contenção.
Do ponto de
vista do Turismo, numa 1.ª fase, houve que retirar da ilha as pessoas que nos
estavam a visitar. Numa Região talhada para trazer turistas, fazer o inverso,
nessa fase, para bem dos residentes e deles próprios para poderem acompanhar a
crise nos seus lares, foi a prioridade, tratando os turistas sempre da forma
com que a Madeira se afirmou no mundo com a arte de bem receber.
E, para os
que chegam, foi implementado pelo Governo Regional o confinamento obrigatório, uma
medida inovadora no combate e prevenção à Covid-19, que leva a que todos os passageiros
que desembarcam no Aeroporto da Madeira, durante este período pandémico, sejam
colocados de quarentena, de 14 dias, em hotéis, prevenindo, desta forma, o
contacto entre si e a população, em prol da salvaguarda do interesse de todos e
da saúde pública e contribuindo igualmente, desta forma, para ajudar o setor.
O desafio do relançamento
O secretário
regional de Turismo e Cultura, da Madeira, Eduardo Jesus, refere que “o
turismo é uma atividade que provou durante séculos que tem capacidade para sair
de crises, de se reinventar, reposicionar e ganhar novo fôlego, mesmo após
circunstâncias adversas”. No entanto, reconhece que “este é um desafio diferente,
transversal, que afetou, em todo o mundo, e de forma igual, todos os destinos”.
Eduardo
Jesus diz, claramente que, quando chegar o fim desta crise “todos vamos
querer sair da melhor forma, colocando-se, então, o desafio que será o do
relançamento”. E, enquanto não chega esse momento, “é preciso acautelar
o setor, que não pode esperar por esse dia. Há que tomar decisões, mesmo porque
este setor estará no fim de linha para o relançamento”.
Refere que
tem conversado, “e muito, com os operadores e com as companhias de aviação”
e disse que tem mantido reuniões com todo o setor. “Ouvimos todos os
operadores. Conversamos quase todos os dias com as companhias aéreas que operam
para a Madeira, o que permite decidir o que fazer futuramente”,
complementou.
Medidas para apoiar o setor
Como
resultado de tudo isso, neste momento, já foram tomadas medidas concretas, para
além das nacionais, para auxiliar pessoas e empresas do setor do Turismo na
Região Autónoma da Madeira.
O Governo
Regional da Madeira tem vindo a implementar um conjunto de ações que visam
diminuir o impacto da crise que se instalou devido à COVID-19.
Concretizou-se
um conjunto de decisões tomadas no seio da Associação de Promoção da
Madeira, com o propósito de ajudar os respetivos associados, aliviando-os de
encargos e reembolsando-os de valores.
Por outro
lado, concretizou-se uma importante iniciativa do Governo Regional da Madeira com
a aplicação direta a todo o setor do turismo. Trata-se da ‘Linha de Crédito
INVESTE RAM COVID-19’, com vigência até 31 de dezembro de
2020, que tem por objetivo apoiar a tesouraria e a manutenção de
postos de trabalho do setor empresarial da Região.
A nova Linha
de Crédito tem limite de 100 milhões de euros é destinada a
todas as empresas,
abrangendo as micro, as pequenas, as médias
e as grandes, com a particularidade, única em todo o Portugal, de se
poder converter, daqui a 18 meses, num apoio a fundo perdido, representando uma
verdadeira e ajustada ajuda às empresas.
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